
É como se de repente a única cor que eu quisesse ver fosse à cor dos seus olhos.
É como se o único som que eu quisesse ouvir fosse o som dos seus passos, chegando de surpresa para me assustar...
É como se o único gosto que eu quisesse sentir fosse o gosto do vinho barato que embebedava nossos corpos.
É como se a única presença que me bastasse fosse a sua.
É como se a única ausência que me torturasse fosse a sua.
E de nada vai adiantar... Nenhuma das minhas lágrimas foi o bastante pra te trazer de volta... Por isso que eu já desisti de chorar.
E mais uma vez a nostalgia toma conta de mim.
Viver de lembranças, das tuas lembranças é a única coisa que anestesia a minha dor. São tantas, tão lindas e ao mesmo tempo tão completas... É como um filme antigo que eu não canso de assistir.
Eu tive medo. Muito medo. Eu senti tanta vontade de te ligar, para nós conversarmos e para você me dizer o que fazer... Só que o seu número estava desligado e eu não tinha ninguém.
Eu ainda me sinto meio vazia, parece que os caminhos só me levam a uma única direção... E os assuntos sempre ditos na minha presença são os mesmos... As bandas não tocam mais as melhores canções, os corações já não pulsam como antes e os olhos são opacos. Desde que você se foi tudo mudou e perdeu o verdadeiro sentido.
Eu descobri um novo sentido para aquele refrão. O nosso refrão.
Quem sabe eu te conte em sonho.
Eu ainda estou aqui a esperar alguma coisa que nunca mais virá.
E até agora eu espero escutar a única palavra que poderia mudar meu dia...
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