segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lembranças .


É como se de repente a única cor que eu quisesse ver fosse à cor dos seus olhos.

É como se o único som que eu quisesse ouvir fosse o som dos seus passos, chegando de surpresa para me assustar...

É como se o único gosto que eu quisesse sentir fosse o gosto do vinho barato que embebedava nossos corpos.

É como se a única presença que me bastasse fosse a sua.

É como se a única ausência que me torturasse fosse a sua.

E de nada vai adiantar... Nenhuma das minhas lágrimas foi o bastante pra te trazer de volta... Por isso que eu já desisti de chorar.

E mais uma vez a nostalgia toma conta de mim.

Viver de lembranças, das tuas lembranças é a única coisa que anestesia a minha dor. São tantas, tão lindas e ao mesmo tempo tão completas... É como um filme antigo que eu não canso de assistir.

Eu tive medo. Muito medo. Eu senti tanta vontade de te ligar, para nós conversarmos e para você me dizer o que fazer... Só que o seu número estava desligado e eu não tinha ninguém.

Eu ainda me sinto meio vazia, parece que os caminhos só me levam a uma única direção... E os assuntos sempre ditos na minha presença são os mesmos... As bandas não tocam mais as melhores canções, os corações já não pulsam como antes e os olhos são opacos. Desde que você se foi tudo mudou e perdeu o verdadeiro sentido.

Eu descobri um novo sentido para aquele refrão. O nosso refrão.

Quem sabe eu te conte em sonho.

Eu ainda estou aqui a esperar alguma coisa que nunca mais virá.

E até agora eu espero escutar a única palavra que poderia mudar meu dia...

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